Seleção XI Digo Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gënero
A seleção deste ano demonstra um compromisso sólido com a representatividade, diversidade e inclusão, elementos essenciais na promoção de uma narrativa plural que reflete as experiências LGBTI+ e as questões de gênero. A curadoria evidencia um forte alinhamento com referências e temas que promovem o diálogo, a visibilidade e o reconhecimento das diversidade sexual, de gênero e das experiências de marginalização.
Na Mostra Competitiva Goiás, há um enfoque na produção local, valorizando vozes regionais que tratam de questões identitárias, culturais e sociais sob uma perspectiva LGBT+, reforçando o vínculo com a comunidade goiana e suas múltiplas identidades. Essa abordagem reforça o papel do cinema como ferramenta de empoderamento e afirmação de identidades muitas vezes marginalizadas.
Já na Mostra Competitiva Nacional e Internacional, observamos uma curadoria que engloba uma variedade de narrativas sensíveis às questões de gênero e sexualidade, abordando temas como maternidade, transgeneridade, relacionamentos, memória e cotidiano a partir de uma perspectiva que respeita e celebra a diversidade. Destaque para títulos que retratam experiências de transformação, resistência e afirmação de si, integrando referências importantes à cultura LGBTI+ e às discussões atuais sobre direitos, visibilidade e representatividade.
A inclusão de uma mostra específica dedicada à Libras e as experiências de acessibilidade demonstra uma preocupação com a inclusão plena e a democratização do acesso às discussões sobre linguagem, comunicação e diversidade funcional, com histórias e equipes que vivenciam essa história com uma linguagem que evidencia a comunicação em todos os seus aspectos, reforçando o compromisso do festival com a acessibilidade, o respeito às diferenças e o enfrentamento do preconceito.
A Mostra Competitiva Internacional amplia ainda mais essa perspectiva, trazendo filmes de diferentes países que abordam temas transversais às questões LGBT+ e de diversidade, reforçando o papel do cinema como idioma universal capaz de promover empatia, reflexão e transformação social.
É importante destacar que esta edição do DIGO é completamente independente, sem recursos financeiros de grandes patrocinadores ou instituições. Toda a realização, programação e curadoria foram possíveis graças ao ativismo, à dedicação e à paixão de uma rede de pessoas que acreditam na força do cinema de resistência. Essa edição reforça a necessidade de seguir lutando, pois a luta por visibilidade, direitos e reconhecimento não pode parar.
O Digo Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gënero reforça seu papel como espaço de resistência, expressão e celebração da diversidade sexual e de gênero, promovendo narrativas plurais e inclusão, essenciais para o fortalecimento de uma sociedade mais justa, plural e consciente. Essa seleção representa uma oportunidade valiosa de sensibilização, discussão e empoderamento, dialogando com referências de cinema queer, de direitos humanos e de representação positiva de minorias. E, sobretudo, perseverando na luta de todos que sonham com um mundo mais igualitário e livre de preconceitos.
Cristiano Sousa
Mostra Competitiva Goiás 141’49
- Femme Fatale – Original Sodré, Carpa, Maju Back – Goiânia – 2′ 42” – 2024
- Lockdown – Jadson Borges – Goiás – 19′ 17” – 2025
- O Lado Que A Cidade Não Vê – Thomas Toledo – Goiânia – 16′ 59” – 2025
- O Vale Vai Descer – Elisa Marques – Goiânia — 12′ — 2024
- Passado Infernal – Richard Pessato – Anápolis – 17′ 41” – 2024/2025
- Que Bela Herança – Henrique Brito – Goiânia – 15′ 25” – 2025
- Relicário – Hítallo Torquato e Amanda Rosa – Goiânia – 11′ – 2024
- Sufoco – Victor Vinícius – Aparecida de Goiânia – 15′ 45” – 2025
- Tempo Tormento – Agla Manzan – Aparecida de Goiânia – 12′ – 2024
- Tom de Ameaça – Dalily Corrêa – Goiás – 18′ – 2025
Mostra Competitiva Nacional 197’36
- A dita filha de Claudia Wonder, Wallie Ruy, São Paulo, SP, 24’45”, 2024
- A Volta, Anny Stone / Caia Maria Coelho, Recife, PE, 16’30”, 2024
- Carne Fresca, Giovani Barros, Rio de Janeiro, RJ, 24′, 2024
- Corpo aberto, João Victor Borges e Will Domingos, Rio de Janeiro, 20′ 08”, 2024
- Escolhidos, Pablo Diego Garcia, São Paulo, SP, 8′, 2025
- Mãe, Jöão Monteiro, São Paulo, SP, 20′, 2025
- Meu Pedaço de Mandioca, Raíssa Castor, Curitiba, Paraná, 14’08”, 2025
- Noroeste – quem nasce tempestade, não tem medo de vento forte, Cibele Appes, São Paulo, SP, 25′, 2024
- Retomada, Henrique Souza, Rio de Janeiro, RJ, 23’58”, 2024
- Ponto e Vírgula, Thiago Kistenmacker, São Paulo, SP, 17′, 2024
Mostra Competitiva Karla Ariella 137’02’
- A invenção do orum, Paulo Sena, Vitória, ES, 18′, 2024
- A Bolha, Caio Baú, São Paulo, SP, 18’33, 2024
- Animais Noturnos, Indigo Braga e Paulo Abrão, Rio de Janeiro, RJ, 11 minutos, 2024
- Bergamota, Hsu Chien, Santos, SP, 15:08, 2024
- Cachinhos Laranjas, Rodger Timm, Porto Alegre, RS, 13′, 2024
- Extraño Passageiro, Rafael Vebber, Caxias do Sul, RS, 11′, 2024
- Espelho da Memória, Filipe Travanca e Roberto Simão, São Paulo, SP, 15:40, 2024
- Gazela, Evandro Manchini, Rio de Janeiro, RJ, 18′, 2024
- Monstra do Armário, Bruny Derotzi, Carapicuíba, SP, 10′, 2024
- Todo romance termina assim, Marco Aurélio Gal, São Paulo, SP, 15′, 2025
Mostra Competitiva de Longas 516’
- 300letters, Lucas Santa Ana, Argentina, 90’, 2025
- Circo, Lamia Chraibi, Canadá, 88’, 2024
- Filhas da Noite, Henrique Arruda e Sylara Silvério, Brasil, 109’, 2024
- Queens in Finistère, Vanessa Le Reste, França, 63’, 2024
- Lo que escribimos juntos Nicolás Teté, Argentina, 92’, 2024
- Nem deus é tão justo quanto seus jeans, Sergio Silva, Brasil, 74’, 2025
Mostra Competitiva Digo Libras Visual
- Entre Sinais e Mares, João Gabriel Kowalski e João Gabriel Ferreira, Maringá, PR, 16’, 2024
- O amor não cabe na sala, Wallace Nogueira Marcelo Matos de Oliveira, Salvador – BA, 18’, 2025
- Nem toda história de amor acaba em morte, Bruno Costa, Curitiba, PR, 84’, 2025
Mostra Competitiva Internacional 105’
- Calcetines, Miguel Ángel Olivares, Ana Beyron e Alejandra Beyron, Espanha, 19’, 2025
- Heavy Metal Flower, Alberto Baños, México, 17’, 2024
- Maitemina, Erik Rodríguez Fernández, Espanha, 9’, 2024
- Sin Piel, Estibaliz Villa e Erik Campos, Espanha, 18’, 2024
- Su Twice, Agnese Làposi, Suíça, 19’, 2024Tshuva, Afek Testa Launer, Israel, 23’, 2024